MATERIÁVEL

Trabalhar dentro da lógica tridimensional significa, não apenas explorar a relação matérico-espacial, numa lógica volumétrica. Muito mais que isso, significa trabalhar considerando três dimensões criadoras e construtoras da possibilidade de consolidação e desenvolvimento do trabalho enquanto suporte, enquanto ação criativa, enquanto emoção e motivação e enquanto conceito e pensamento na forma de imagem.

Considerar tempo, espaço e matéria como diretrizes para a concepção do trabalho de arte em direção à tridimensionalidade significa conceber todos os elementos dinamizados na consolidação do trabalho como colaboradores ativos, como constantemente interativos, como de fato existentes dentro da dinâmica destas três dimensões.

O principal objetivo desta oficina foi criar um terreno onde o trabalho com assemblage se tornasse, além de um elo entre arte e cotidiano, uma ferramenta de reconexão entre indivíduo e o mundo de linguagem existente à sua volta.Foi com esse foco que os participantes coletaram e transformaram matérias e argumentos para consolidar os seus trabalhos.

Leopoldo Ponce

terça-feira, 3 de maio de 2011

Recolhi o que achei pelo caminho...
Nos objetos escolhidos estão as partículas do meus estado gasoso.
Assemblagem,  uma arte de conviver entre com mundo e suas  transformações, construções materiais do pensamento catalizador.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ou isso, ou aquilo, ou esquilo*

Um Palimpsesto e/ou Tempestade de Palavras
Por que lã? Por que agulha? Por que alfinete? Por que madeira? Por que grade? Por que balanço? Por que vermelho? Por que machuca? Por que fura? Por que agride? Por que suspende? Por que balança? Por que estica? Por que tensiona? Por que oscila? Por que amarra? Por que trança? Por que isso? Por que aquilo? Por que esquilo?

Por que se usa uma coisa e não outra? Por que se opta por isso e não aquilo? No fim (se existe), o que fica é isso ou é aquilo? Ou esquilo?

Ou isso, ou aquilo, ou esquilo*
No começo da oficina, a proposta me cativou pela experimentação dos materiais. As características de cada um e como elas se relacionavam: como a espuma se relacionava com o o vidro, como a pluma dialogava com a borracha, como o alumínio brilhante contrastava com o metal enferrujado etc.

Dessa experiência, o que me interessou mais foi a busca dos contrastes mais extremos possíveis aliada a possibilidade de experimentar. Alguns trabalhos com isopor e tinta, um tanto sem rumo (e sem pretensão de tomar um), outros com vinil e estopa, cola e sementes, entre outros, me fizeram, aos poucos, tomar controle dos contrastes e tentar colocá-los lado a lado sem evidenciar a caricatura, mas sim o ponto de encontro, fosse ele temático ou visual.

Ainda sem o desejo de encaixar uma comunicação eficaz, mas de valer-se do contraste sensorial e das possibilidades de percepção, eu cheguei no trabalho exposto.

Sem título. Paulo Delgado.

 

* baseado em alguns versos da Viviane Tabach

segunda-feira, 20 de julho de 2009

On line

Agora já estão disponíveis na internet algumas fotos das obras e da exposição. É só clicar na imagem abaixo.

Exposição: Materiável ON LINE